Entre 2003 e 2013, dirigiu, no grupo Cofina Média, hoje Médialivre, o diário desportivo “Record”, o “Record Online” e a “Hora Record” da CMTV, e integrou o conselho editorial da “Sábado” – desde o lançamento da revista, em 2004, até 2013 – tendo sido seu colunista durante 14 anos, até 2018.
Em 2007, também na Cofina, foi diretor editorial da “TV Guia”. Entre 2013 e 2017, foi ainda comentador da CMTV, nas rubricas “Mercado” e “Medalhas da semana”. Após deixar a direção do “Record”, manteve-se como colunista do jornal por mais dez anos – até 2023. Em 2010, criou no site do “Record”, o blog Quinta do Careca.
Alexandre Pais iniciou a atividade jornalística no trissemanário “Mundo Desportivo”, em agosto de 1964, com a reportagem dos Jogos da FISEC realizados nesse ano em Girona, Espanha, nos quais participou como jogador da seleção nacional de juniores de voleibol e porta-bandeira da delegação portuguesa no desfile inaugural. Nesse ano, foi campeão de Lisboa de juniores de voleibol e vice-campeão nacional, pelo Nacional de Ginástica. Já como sénior, representou também o Belenenses.
Foi estagiário, redator e editor de Cultura e Espetáculos do “Diário de Lisboa” e colaborador do suplemento satírico “A Mosca” (1972-1974), repórter do semanário “Sempre Fixe” (1974), chefe de redação da revista “Alcance” (1974), subchefe de redação do diário “Jornal Novo” (1975-1977) – cujo Conselho de Redação integrou –, editor, subchefe e chefe de redação do diário “Portugal Hoje” (1979-1982) e chefe do departamento de iniciativas editoriais da “TV Guia” (1986). Colaborou no lançamento da revista de economia “Classe” e do jornal de música “Blitz”, ambos em 1983, e no da revista “Telenovelas”, em 1998. Publicou textos no semanário “Motor” (1973), no diário “A Luta” (1977), na revista “Foot” (1983), nos diários desportivos “Record” (1999) e “A Bola” (2001), e no diário gratuito “Destak” (assinou 140 crónicas, em 2007).
Fez parte do gabinete de análise de imprensa que trabalhou, em S. Bento, na dependência do primeiro-ministro Mário Soares, em 1978.
Ganhou o Troféu Gandula, os Melhores do Desporto, em cinco anos consecutivos, de 1982 a 1986. Recebeu o troféu de Editor do Ano, da Turismoda, em 1989, e o Record de Ouro, no dia em que deixou a direção do jornal, em 20 de junho de 2013.
Fez desfiles de moda e foi aluno do curso de Teatro do Conservatório Nacional, tendo dirigido o Grupo Cénico do Clube Estefânia (1968-1969) e o Núcleo de Teatro das CRGE, hoje EDP (1970-1974) – função para a qual foi indicado pelo seu professor de Arte de Representar, no Conservatório, o ator e encenador Álvaro Benamor.
Escreveu “Capitães de Abril”, em dois volumes, para a Editora Amigos do Livro, em 1974, e escreveu e produziu para a RTP, em 1995, duas séries (26 episódios) do programa “A minha vida dava um filme”, um dos primeiros “talk shows” da TV portuguesa. É autor de quatro contos infantis, editados por Modelos Associados, em 1996: “O caso do relógio roubado”, “O caso da menina mimada”, “O caso do fantasma arrependido” e “O caso da velhinha bondosa”.
Alexandre Pais trabalhou igualmente na rádio, de 1964 a 1979, primeiro como técnico de som e depois como jornalista, tendo sido comentador da “Tarde Desportiva” da Rádio Renascença (1972) e da Emissora Nacional (1974). Chefiou a secção de Desporto, a repartição de Tratamento e Publicação, e a redação do “Jornal da Tarde” da Emissora Nacional (mais tarde RDP e hoje RTP), entre 1974 e 1975. Foi ainda, com o jornalista Mateus Boaventura, diretor de Informação da Emissora Nacional, imediatamente antes e durante o “verão quente” de 1975.
Integrou o grupo de trabalho nomeado pela Secretaria de Estado da Comunicação Social e chefiado pelo coronel Manuel Pedroso Marques, que se deslocou aos Açores, em 1974, para elaborar um relatório sobre a situação dos órgãos de comunicação do arquipélago.
Foi eleito para a Assembleia da Rádio pelos trabalhadores da RDP, em 1977, por voto secreto e numa lista apresentada pelo PS, partido de que foi delegado ao III Congresso, pelo núcleo da RDP, em 1979, e do qual se desfiliou após a reeleição presidencial de Mário Soares, em 1990.
Era pai da jornalista Teresa Pais, que morreu em 2015, aos 48 anos, após sete de luta contra o cancro. Teresa dirigiu por mais de uma década a revista “TV Mais” e ao longo de 17 anos a revista “Telenovelas”, que ajudara a fundar, em 1998 – ambas então do grupo Impresa.
É casado, desde 2000, com a jornalista Sónia Bento, editora da newsmagazine ‘Sábado’.