Não era apenas o homem do tempo, mas um homem do seu tempo, um professor e um gentleman. Mas Anthímio de Azevedo, que nos deixou esta semana, foi essencialmente um comunicador, o primeiro meteorologista que nos fez ter vontade de saber se amanhã chove ou há sol.
Tive o privilégio de trabalhar com ele, em 1998, na fase de pré-lançamento do 24 Horas, quando a expectativa pelo projecto levava o accionista a pagar o que fosse preciso para contratar os melhores. Cedo, porém, a realidade se mostrou outra e o mais completo e profissional serviço de meteorologia que alguma vez terá a imprensa portuguesa logo desapareceu das prioridades editoriais do diário da Edipresse.
Apesar disso, Anthímio continuou a visitar-me na redacção e a levar-me revistas com as últimas novidades da ciência. Obrigado, professor, pela honra e pelo prazer – imenso e inesquecível.
Parece que foi ontem, Sábado, 20NOV14
Anthímio de Azevedo: partiu um professor e um gentleman
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