Hoje gostava de abordar a arbitragem e o exageradíssimo “conceito largo” de João Capela no dérbi, bem como o letal pragmatismo do Benfica e a exibição promissora do Sporting, esta prejudicada ainda por algum défice de agressividade – cinco faltas em 90 e tal minutos é proeza de Guinness –, mas não resisto a comentar, antes, uma notícia da edição de ontem de Record.
Trata-se de um exemplo que nos chega, uma vez mais, do FC Porto: Marat Izmailov está não só a ser acompanhado por psicólogos como, finalmente, a… aprender português!
Este “pormenor” diz muito sobre aquilo que é a organização do futebol portista, mas diz ainda mais sobre o absurdo destrambelho que dominou os últimos anos da gestão sportinguista.
Contratar um jogador russo para falar com ele em “inglês” ao longo de cinco anos – e calcula-se o nível linguístico dessa comunicação… – sem cuidar também da sua integração social num país tão diferente, foi ato de uma incúria que explica por si só as razões que conduziram o Sporting à atual situação. Herança terrível a de Bruno de Carvalho…
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 23 abril 2013