O corpo da pintora Fátima Raposo estará em câmara ardente, a partir das 18h30, na capela mortuária da Igreja São João de Deus, em Lisboa. O cortejo fúnebre sairá quinta-feira às 10h30 – depois de realizada missa – para o crematório de Póvoa de Santa Iria.
Vítima de brutal acidente de viação, no IC19, na manhã do último sábado, Fátima Raposo faleceu 48 horas depois, no Hospital de S. José em Lisboa, na sequência de lesões cerebrais irreversíveis.
A sua carreira começou aos 20 anos, em 1987, como assistente do concurso “Com pés e cabeça”, apresentado na RTP pelo também já desaparecido Fialho Gouveia. A seguir, foi finalista de Miss Portugal e, no final dos anos 80, já era uma das mais destacadas manequins portuguesas, tendo feito inúmeros trabalhos para publicidade e sido capa de várias revistas, como foi o caso da edição da “Máxima” de março de 1989, fotografada por João Raul. Alargou então a sua atividade à produção de moda, tendo assinado, ao longo da década de 90, dezenas de editoriais nas revistas “Élan”, “Tomorrow”, “Teenager” e “TV Mais”.
Quando este último título se integrou no universo que é hoje o grupo Impresa, passou para o quadro da “Caras”, onde trabalhou entre 2001 e 2007. Nascida em Lisboa, há 45 anos, Fátima Raposo tirou o curso de Artes dos Tecidos e do Fogo da Escola António Arroio, o que lhe permitiu vir a abraçar, há quatro anos, a sua última paixão: a pintura. Percorreu então o Mundo, tendo apurado também o gosto pela meditação e por outras práticas orientais.
A sua natureza generosa levou-a ainda a fazer voluntariado com crianças e a formar-se na pedagogia Waldorf. Dois dias antes do acidente, tinha encerrado mais uma exposição, no Clube de Jornalistas, e preparava-se para mostras no Luxemburgo e em Milão. Era mãe de Inês Pais, modelo, aluna de Psicologia e filha do diretor de Record, Alexandre Pais.
À família enlutada, e em especial a Inês Pais, Record manifesta o seu profundo pesar.
Funeral de Fátima Raposo realiza-se amanhã
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