No passado fim de semana, Ronnie O’Sullivan ganhou, aos 41 anos, o Masters de snooker de 2017, o sétimo em 12 finais desde 1995, no que se pode considerar como um regresso do ex-número 1 e pentacampeão mundial aos seus melhores tempos. Algo que ao longo dos últimos 15 dias fizeram Roger Federer, de 35 anos, e Rafael Nadal, de 30, que voltam a disputar no domingo uma final do Grand Slam, a 28.ª para o suíço, a 21.ª para o maiorquino, mais uma página para gravar a ouro na história do ténis. Rafa leva vantagem nos 34 confrontos (23-11) e nos 8 de finais do Grand Slam (6-2), mas perdeu em 2015 para Roger o torneio de Basileia, no derradeiro duelo que travaram.
O mesmo retorno aos dias de glória está a viver Venus Williams, de 36 anos, que renasce das cinzas para repetir ainda uma outra vez um duelo também mítico com a sua irmã mais nova, Serena, que aos 35 anos leva 38 títulos (!) em 46 finais do Grand Slam, entre pares, pares mistos e singulares, uma carreira incomparável. A primeira final entre as duas foi no US Open, em 2001, passaram 16 anos, mas a primeira final de Venus no grande circuito foi contra Martina Hingis, igualmente no US Open, em 1997, passaram 20 anos, até custa a acreditar
Mas para que o tempo dos monstros seja perfeito, eis que se iniciará já a 6 de fevereiro o Mundial de Biatlo, com mais uma participação, a 23.ª, do já lendário Ole Einar Bjørndalen, que hoje completou 43 anos e que soma 44 medalhas nos mundiais, sendo 20 de ouro. O norueguês, com duplo ouro nos Jogos Olímpicos de Socchi, em 2014, é também o atleta olímpico mais bem sucedido de sempre em Jogos de Inverno, com 13 medalhas, sendo 8 douradas. Bjørndalen, que vem adiando sucessivamente o fim da carreira, admite agora parar aos 44 anos, após os Jogos de 2018, a sua sétima Olimpíada, em que dificilmente – pelo que se tem visto na presente Taça do Mundo – não conseguirá, no mínimo, a sua 14.ª medalha…
Desfrutemos então da velharia no ativo!