Não tenho paciência, é sempre a mesma conversa.
Estes jogos de preparação são uma treta, não têm qualquer valor desportivo, o ritmo é de treino, as entradas são macias, a adrenalina está em baixo. Os jogadores são balões esvaziados no fim de uma época longa e exigente.
Uma semana depois de os convocados se juntarem, alguns nem isso, 17 dias antes do Mundial, o que pretendiam os supostos entendidos? Determinação, garra, pedal a fundo tudo a 100 por cento? E uma vitória para quê? Só para as estatísticas?
Os jogadores, terminada a épopca nos seus clubes, gozaram umas folgas, tiveram um pequeno defeso. Agora, regressam ao trabalho para combater a saturação, física e mental, e ganhar de novo motivação.
No dia 1, contra os Camarões, já jogarão melhor. E a 8, quando defrontarem Moçambique, a fasquia terá de estar mais alta. Aí sim, poderemos começar a tirar conclusões.
Mas o que interessa é o Mundial, o que nos preocupa é a Coreia do Norte e a Costa do Marfim. E que não haja mais casos como os de Tiago, que se lesionou, o que aconteceria se jogassem todos a mata-cavalos para o público bater muitas palmas e a crítica ter de procurar outras razões para a descrença.
Sabemos do que se trata: os que gostam de dizer mal aproveitam a oportunidade. Sim, mas não gritem muito.