Trata-se de um filme antigo, um filme sem fim: mais 10 milhões de euros dos impostos dos portugueses vão a caminho da RTP, para com eles se taparem os novos buracos da enviesada gestão de sempre.
Como a estação oficial tem uma função de serviço público – que raramente cumpre, aliás – tudo lhe é permitido. Desde logo, não necessita de competir no “campeonato das audiências” e afunda-se a cada dia na tabela porque tanto lhe faz ter mais como menos publicidade. O que faltar, o pagode paga.
Pode também deixar circular notícias de convites a gente cinzenta, pretensiosa e sem currículo, hábil apenas no palavreado oco e na intriga interna. Mas não se inquieta com um Telejornal que não poucas vezes fica fora do “top 10” de audiências e se aproxima até da metade dos telespectadores do “Jornal das 8”, da TVI, porque sabe que mesmo que José Rodrigues dos Santos caia do “top 30”, o Zé-pagante entra.
Pode ainda o canal do Estado manter um número absurdo de funcionários e pagar salários a pessoas de que não precisaria se se modernizasse – mas como não investiu tornou-se obsoleto e o contribuinte suporta a máquina do passado em vez de ajudar a televisão do futuro.
E o pior é que não se vê jeito de melhoras.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 14ABR18
Mais 10 milhões para a RTP: o pagode continua a pagar
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