Rui Vitória tem razão: o Benfica fez o suficiente para ganhar o jogo. Então se estivesse um frangueiro como eu na baliza do FC Porto, a goleada teria sido tiro e queda. Mas não estava e ontem surgiu Casillas – e já não se aguenta, claro, a referência de todo o bicho-careta a “São Iker” – no patamar dos seus melhores tempos: Pizzi, Jonas, Gaitán e Mitroglou, e até Martins Indi, imaginaram a bola...
A ilusão da aurora
Só com um sorriso se pode olhar a incoerência dos arautos do pagamento das dívidas assumidas por Portugal com os credores – princípio que não me merece dúvidas – e que não respeitam os compromissos do Estado com os cidadãos, preferindo o corte de salários, pensões e prestações sociais ao aumento dos impostos necessários à satisfação dos direitos contratados com as pessoas. São esses porta-vozes...
Um Velázquez em Belém
Além de não ser chauvinista, simpatizo com Julio Velázquez. Ao contrário de Lopetegui, que recorria a duas ou três palavras de português, ao cabo de ano e meio no Porto, o treinador do Belenenses diz “miércoles” e logo corrige para quarta-feira, um sinal de respeito pelo país onde trabalha. E exibe, ainda, um sorriso, uma alegria natural que aplica no campo, quando deixa o “autocarro” na garagem...
Barroso apoiou Marcelo como Valentim apoiou Soares
“Ao homem superior pouco se lhe dá que o elogiem ou censurem, ele não ouve senão a voz da própria consciência” – Napoleão Bonaparte Beneficiando do fenómeno PRD, Cavaco Silva ganhava as legislativas de Outubro de 1985 e o primeiro-ministro cessante, Mário Soares, candidatava-se à Presidência, para tentar suceder a Ramalho Eanes. Soares passaria à segunda volta com 25% dos votos e ganharia depois...
Ainda bem que a televisão não estava lá
Comecei a dar atenção aos jornais, na década de 50, graças a duas secções do “Diário Popular”: “O fotógrafo não estava lá” e “Veja as diferenças”. A primeira rubrica ilustrava, com um desenho, a notícia de um acidente ou de um crime, algo de bizarro nos dias de hoje, quando temos as televisões atentas a tudo o que mexe. Mas não havia câmaras à porta do advogado, comentador da SIC e ex-deputado do...
Marcelo, Raonic e as desculpas de burro
Milos Raonic, nascido há 25 anos no Montenegro e canadiano por opção, é um dos mais aborrecidos tenistas do circuito mundial. Apesar das excepcionais condições físicas – tem 1 metro e 96 – nunca ganhou um torneio do Grand Slam ou disputou sequer uma final, mas chegou há dias às meias-finais do Open da Austrália graças a um trunfo irritante: um serviço a 230 km/h que lhe dá mais de 20 ases por...
O mostrengo que ameaça o Sporting
Enquanto não vingarem os meios eletrónicos que defendam a verdade desportiva, incluindo a paragem do jogo – como no râguebi, para recurso ao vídeo-árbitro – o futebol continuará a ser uma modalidade em que os erros dos juízes vencem, pelas piores razões do protagonismo, a capacidade dos artistas. A mim, confesso, afetar-me-iam pouco esses erros se só houvesse intervenientes de boa fé, homens...
