Ando há dias a arranjar pachorra para escrever sobre os incidentes ocorridos no final do último FC Porto-Benfica em basquetebol.
Não me apetece perder tempo com arruaceiros, com esses delinquentes que se vão vendo por todo o lado e que fazem da violência e da baderna uma maneira de estar na vida – na sua pobre vida.
Também não me deterei sobre o censurável comportamento de quem ateia estes fogos, porque sendo aí mais forte a responsabilidade, maior é o tédio que sinto.
Só Carlos Lisboa merece atenção, pois é uma referência do basquetebol português e desceu – por não ter suportado tanta provocação e tanto insulto, eu sei – ao nível mais baixo que alguma vez se viu, mesmo ao degrau abaixo do pior que se poderia imaginar.
E é o respeito que tenho por um desportista de eleição que me leva a lamentar não só o erro que cometeu, como a falta de grandeza que faz com que – passada que está a tensão – não peça desculpa. Não aos que o odeiam mas a todos os que o admiram. Que desilusão, Carlos.
Passe curto, crónica publicada na edição impressa de Record de 31 maio 2012