Para alívio dos que não gostam daquilo que apelidam de “pontapé na bola”, terminaram trinta e tal dias de pesadelo, mas para os adeptos da mais bela modalidade desportiva do Planeta perdurarão por muito tempo as imagens da saga que levou de novo Portugal às páginas de ouro da história do futebol.
Feito um balanço, podemos dizer que a TV portuguesa nos ofereceu praticamente tudo sobre o Europeu e a vitória lusitana. E dezenas de analistas completaram bem, com estilos para todos os gostos, inúmeros diretos e reportagens. Como era inevitável, ouviu-se muita asneira – por exemplo, no Terreiro de Paço assistiram aos jogos decisivos da Seleção “centenas de pessoas” – e improvisos houve sobre coisa alguma salvos pelo talento de repórteres com tarimba ou por gente jovem, galvanizada com o momento e a oportunidade.
Apreciei o trabalho de vários comentadores, craques da palavra espalhados pelos diversos painéis. Mas não resisto a destacar a excelência, na forma e no conteúdo, do modo como Rui Costa analisou a final, na RTP, e a superior qualidade do sóbrio e seguro desempenho de Francisco Penim, que acompanhou durante horas infindas, na CMTV, o dia mais longo, e também mais feliz, do futebol português. Chapeau!
Antena paranoica, Correio da Manhã, 16JUL16
O longo 10 de julho de 2016
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