João Sousa foi derrotado por Rafa Nadal nos quartos de final do Madrid Open, ou seja, aconteceu o normal e o normal é o que sempre se espera.
Mas o que de facto surpreendeu foi a resistência psicológica do português, que jogava contra aquele que é talvez o melhor tenista de todos os tempos a jogar sobre terra batida, ainda por cima a atuar em casa, perante o seu público.
Como se não bastasse, Nadal atravessa o melhor momento de forma dos últimos anos e parece ter ultrapassado os problemas de ordem física, e também anímica, que o afetaram. E quando terminou o primeiro set, com um rotundo 6-0 a favor do maiorquino, João Sousa tinha tudo para sair esmagado do confronto.
Foi aí que se viu a fibra do tenista de Guimarães, que aproveitou a interrupção motivada pela chuva para se reencontrar, ganhar o segundo set e disputar depois o terceiro até final – Nadal começou-o com dois ases consecutivos, quando tinha conseguido apenas um nos dois sets anteriores… – perdendo por 2-1, em mais de duas horas de jogo, e abandonando o recinto debaixo de grande ovação.
Orgulho por João Sousa é o que devemos ter – e o mínimo que o seu trabalho merece.
Um grande João Sousa fez surgir o melhor Nadal
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