Em televisão, como em quase tudo na vida, triunfam os que são capazes de antecipar os acontecimentos, de “viajar” pelo futuro. Sendo uma missão difícil, é mais arriscada por serem insondáveis os gostos do público, que tanto faz de um programa um sucesso hoje, como amanhã o deixa cair sem que se entenda porquê.
É o que está a suceder na TVI: “Dança com as estrelas”, creio que uma opção da anterior direção de programas, tinha muito para dar certo e falhou. Parecendo uma excelente aposta, baqueou logo na estreia, com “A máscara”, da SIC, e uma semana depois perdeu mais 194 mil telespectadores, não indo além de metade (!) da audiência do principal concorrente e ficando até atrás do ensosso “Got talent Portugal”, da RTP1.
Haverá outras explicações, mas o erro pode estar na escolha de Rita Pereira e de Pedro Teixeira. Ela tem a imagem gasta por excessivo protagonismo cor de rosa – e tiques insuportáveis de vedetismo. Ele gera uma empatia zero, sendo incompreensível que faça novelas, apresente concursos e ainda seja chamado para as galas do “Dança” – sai sempre derrotado.
Após um ano horrível, que não se apaga num estalar de dedos, impõe-se uma renovação de rostos para que a TVI volte a ser o que era.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 29fev20
TVI precisa de renovar algumas caras
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