O valor, arredondado e referente a 2020, é idêntico para as duas estações: 11 milhões de euros. Mas enquanto a SIC apresenta esse número como lucro, a TVI vê-o na coluna dos prejuízos – pequena diferença.
É o que na verdade está em causa quando falamos de audiências, de projetos pensados e vitoriosos ou de aventuras com derrotas anunciadas: o dinheiro. Porque as marcas associam-se a quem ganha e baixam de forma drástica os investimentos nos perdedores, obrigados ainda a esmagar os preços se quiserem uma fatia do bolo.
É certo que 2020 não podia ter sido ‘salvo’ pela árvore milagreira adquirida no verão, mas dificilmente o ano em curso trará boas notícias, tanto têm sido as apostas erradas do canal de Queluz e os custos que lhes estão associados.
Goucha e Cláudio são os que melhor resistem, algumas vezes acima da concorrência, ‘Festa é festa’ raramente lidera, ‘Cristina Comvida’ cai em qualquer horário, ‘Somos Portugal’ fica atrás de ‘Domingão’ e falar de ‘Em família’ já não dá – é tudo demasiado mau. E depois do ‘flop’ de ‘O amor acontece’ chegou outro ‘BB’ falhado, que perde no domingo à noite e perde nos diários de final de tarde. É o descalabro total. Quantos milhões mais irão ao ar em 2021?
Antena paranoica, Correio da Manhã, 25set21