A propósito do texto que André Rito assinou na Sábado, há duas semanas, sobre os 30 anos das Amoreiras e sobre o seu criador, Tomás Taveira, li no blogue zpf, de José Paulo Fafe – http://www.josepaulofafe.com – um belo texto com um perfil do arquitecto, escrito por quem com ele conviveu de perto. E recordei então o final da década de 80 e o início da de 90, as memoráveis festas do Bananas e os muitos eventos em que privei com Taveira – fomos até sócios – e do orgulho que sempre senti pela nossa amizade.
Goste-se ou não de um nome que, com outros vultos, poucos, dominou a arquitectura portuguesa do século 20, e perdoem-se-lhe ou não os momentos mais duros que o atingiram, a verdade é que Tomás Taveira é uma pessoa aberta, simpática e sedutora, genuína e generosa, também vaidosa e arrebatada – uma personalidade rara, única, uma figura brilhante. E é ainda um homem de enorme cultura, um contador de histórias de memória prodigiosa e fino humor, que pude rever numa épica viagem a Gelsenkirchen, em 2004, quando, num grupo de convidados da Cofina, fomos ver o FC Porto sagrar-se campeão europeu.
Recuo hoje mais de 25 anos, ao período feliz da minha vida em que ele participou – e faço-o com gratidão e muita saudade.
Parece que foi ontem, Sábado, 17SET15
Tomás Taveira: um homem culto e brilhante, uma personalidade única
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