Alexandre Pais

Stop soi

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A Seleção Nacional rubricou em Coimbra mais uma exibição medíocre, ao nível daquilo a que nos habituou sempre que joga com Albânias, Cazaquistões e rapaziada do mesmo nível.

Na primeira parte, com C. Ronaldo e Simão em campo, ainda houve algum ritmo, ainda se viu futebol. Mas no segundo tempo, com esta preocupação de jogarem todos, nem que seja preciso atirar o Hugo Almeida para a ponta esquerda, o jogo tornou-se treino para acabar numa espécie de peladinha, com os chineses a levantarem a crista, o empate a adivinhar-se e o estádio todo a assobiar a malta.

Valeu o golo final de anedota para compor o marcador, mas fica a dúvida sobre o interesse destas partidas ditas de preparação e que não preparam coisa alguma. Servem para fazer novos internacionais, neste caso merecidos, e para os jogadores criarem, ou reforçarem, algum espírito de grupo, o que, a ter acontecido, já não será mau.

Esquecemo-nos apenas dos palermas que compram bilhete, mas essa indiferença também já não é de agora.

 

NOTA: Record atribui o segundo golo a Liedson e não a João Moutinho, fiel ao seu princípio que em tempos prejudicou até o Levezinho. O princípio é que o golo deve ser atribuído ao jogador, seja ele qual for, que desvia para lá da linha de golo, intencionalmente ou não, uma bola que não entraria na baliza sem a sua intervenção. E as imagens da TV, obtidas nas costas de Moutinho, são claras e provam que o seu remate, se mais ninguém tocasse na bola, não atingiria a baliza dos chineses.

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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