Alexandre Pais

RECORD aumenta vantagem sobre "O Jogo"

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A Cofina Media terminou 2009 com vendas totais de 84.991.961 exemplares, mais 46 mil exemplares que em 2008, e é líder absoluta dos grupos de comunicação social em Portugal, muito à frente do segundo editor, a Controlinveste, que, com 72,4 milhões de exemplares o ano passado, perdeu quase 13 milhões, 15%, em relação às vendas globais do ano anterior. A Impala, com 32 milhões, e a Impresa, com 29 milhões, são os grupos que se seguem, tendo ambos apresentado resultados inferiores aos de 2008, segundo o relatório da APCT, ontem divulgado.

Para este resultado da Cofina os maiores contributos vieram da revista “Sábado” e do “Correio da Manhã”, as únicas das 14 publicações diárias e semanais de circulação nacional que não caíram em relação ao ano anterior, fazendo com que a média da quebra de vendas – que foi de 12%  nos restantes 12 títulos – se fixasse nos 8,9%.

RECORD fez também com que essa média fosse mais baixa, já que perdendo só 1,5%, correspondente a cerca de mil exemplares, resistiu melhor à crise do que todos os outros e aumentou para 71% a sua quota de mercado nos desportivos.

“O Jogo” – mesmo assim o jornal da Controlinveste que menos desceu – tem agora apenas 29% de “share” (ver infografia abaixo), tendo caído, de 2008 para 2009, mais 2.778 exemplares/dia em banca, uma perda de 8,8%, em linha com a média de quedas dos 14 títulos.

Contando com as vendas em bloco e com as assinaturas, a média anual de RECORD fixou-se em 2009 nos 70.908 exemplares diários, menos 1,4% em relação aos 71.889 de 2008, um excelente resultado se olharmos para a situação económica das famílias, para o crescimento galopante das edições online gratuitas e para as quebras, em alguns casos brutais, da maioria dos títulos, a que devemos ainda juntar “A Bola”, que continua a recusar ser auditada mas que tem reduzido substancialmente as suas tiragens.

O diário “i” veio “apoiar” a “Sábado” e o “CM” e trazer mais leitores ao mercado (ver info acima), infelizmente ainda em número insuficiente para compensar a crise.

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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