Decorreram 37 anos sobre o dia em que conheci o Carlos Andrade, na redação do diário Portugal Hoje, ele na editoria Trabalho e Sindicalismo, eu na de Desporto. Ele tinha 21 anos e o mesmo sorriso de hoje. Até 1984, estivemos juntos no semanário Off-Side e depois cada um foi à sua vida.
Acompanhei-lhe a carreira de perto, até porque fui ouvinte fiel do Flasback, que moderou na TSF, e ainda hoje não perco uma Quadratura do Círculo – igualmente por causa dos outros três, que são brilhantes. Estive anos sem o ver, mas senti sempre falta das nossas idas à farmácia, da sua cordialidade e do raciocínio claro, de lógica arrasadora e sportinguismo irritante.
Reencontrámo-nos no início do milénio, quando ele dirigia a TSF e eu o 24horas, que entretanto entrara no universo da Lusomundo. E a partir de 2012, quando o Carlos visitou a redação do Record, com um grupo de alunos da Escola Superior de Estudos Universitários do Real Madrid, passámos a comer, regularmente, um peixinho grelhado, junto ao Tejo.
Afinal, é o tempo do Carlos Andrade, professor na Lusófona, ensinar qualquer coisa ao escriba, cada vez mais consciente do muito que ignora. Ah, pois é!…
Parece que foi ontem, Sábado, 30MAR17
Quadratura do círculo e peixe grelhado
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