Enfim, uma pessoa nornal – é com esta frase que quero sublinhar os primeiros dias da gestão de Paulo Sérgio à frente do futebol do Sporting.
O treinador entrou sem pezinhos de lã, sem receios ou hesitações de novato, explicando as suas opções, tanto em termos de quem sai como de quem pretende ver contratado. E teve idêntico procedimento em relação ao capitão, ou capitães de equipa, dizendo o que pretende e porquê.
Mas Paulo Sérgio está a conduzir esta importante fase da sua ação igualmente sem partir a loiça, com um discurso racional e despido de vaidade, que afasta ainda o sinal do “posso, quero e mando” que cedo denuncia os medíocres. As suas palavras são firmes mas serenas, pelo que, pelo menos desse ponto de vista, poderemos concluir que José Eduardo Bettencourt acertou na escolha, desta vez.
É verdade que o futuro do treinador, de qualquer um, afinal, estará dependente da sorte do jogo, das bolas que batam nos postes, dos penáltis que os árbitros não assinalarem, das lesões e, naturalmente, da própria competência técnica de Paulo Sérgio e da sua capacidade para formar primeiro um gupo de trabalho sólido e depois uma equipa.
Diz o povo que candeia que vai à frente alumia duas vezes. E Paulo Sérgio ganha essa vantagem, adiantando-se a mostrar serviço e superando, para já, aquilo que seria lícito esperar dele. Bons ventos sopram de Alvalade, era tempo.