Num Mundial em que os superfavoritos Brasil e Argentina somam 5 golos, e França (!), Argélia e Honduras ainda não se estrearam, Portugal tem já o melhor ataque, com 7 remates vitoriosos, 10,5% do total. A goleada de ontem contribuiu mesmo para que a média de golos por jogo subisse de 1,6 para 2,1, da primeira para a segunda jornada.
Mas numa altura em que tudo parece maravilhoso quero voltar a remar contra a corrente e dedicar tanta alegria a… Deco. Isso mesmo. Não porque Tiago não esteja em melhor condição e não justifique a titularidade. O que não me parece justo é que um jogador 75 vezes internacional, vicecampeão da Europa e 4.º classificado no Mundial de 2006 seja hoje considerado um “brasileiro” descartável e inútil.
É a estupidez de mãos dadas com a pequenez e com a ingratidão – o pior de Portugal.
Passe global, publicado na edição impressa de Record de 22 junho 2010