Alexandre Pais

Os inacreditáveis concursos públicos de professores

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De: Paulo Rodrigues [mailto: @hotmail.com]
Enviada: quinta-feira, 20 de Outubro de 2011 16:14
Para: Record
Assunto: Concursos públicos de professores

Boa tarde

Solicito, antes de mais, que mantenha o meu e-mail sob anonimato.

Não sendo professor, conheço algumas pessoas que, embora percebam o buraco sem fundo que representa o persistir nesta profissão, continuam afincadamente a perseguir o sonho de infância para o qual trabalharam toda a vida: Dar aulas. Ensinar.

Claro que nem todos o fazem por motivos puramente idealistas, muitos há que apenas perseguem um lugar ao sol, não possuindo qualquer aptidão para ter sucesso e auferir os valores que podem vir a obter como professores.

Feito este preâmbulo, não pode ser indiferente a ninguém a corrupção moral a que se assiste na colocação dos professores, com os critérios de selecção escolhidos a dedo para colocar as pessoas que bem entendem a leccionar o que quiserem.

Existem, por exemplo, licenciados em marketing a dar aulas de economia, o que em parte explica o estado da nação, mas adiante.

Escrevo-lhe hoje para lhe dar conta de uma situação no mínimo caricata, mas que, embora hilariante, parece-me demasiado grave.

A Escola Secundária da Quinta do Marquês, em Olheiras colocou a “concurso” um lugar para professor de educação física.

O primeiro critério de selecção que esta escola pede aos potenciais candidatos é possuir carta de marinheiro…. de facto indispensável para quem quer dar aulas de educação física…

Os critérios de selecção das escolas é um escândalo público que passa impune. Colocam as pessoas que querem nos cargos que querem, sem se preocupar com as injustiças que vão cometendo pelo caminho! Não são concursos públicos, são concursos impudicos!

Para aceder ao portal que dá acesso a este tipo de maravilhas, é necessário ser-se docente, pelo que apenas quem for professor poderá comprovar o que escrevo (que vi, não querendo acreditar no que via).

No entanto, segue abaixo um link onde poderão ver um printscreen que um docente mais irritado colocou na internet.

https://alexandrepais.pt/wp-content/uploads/2011/10/marinheiro1.jpg

É com estes pormenores que se constrói a ruína de um povo.

E sobre a forma como as escolas avaliam os seus docentes, também muito haveria para dizer.

Cumprimentos.

Paulo Rodrigues

Por Alexandre Pais
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