O Ministério Público pediu ontem a absolvição de Rui Pedro Soares, ex-administrador não executivo do polo tecnológico de Oeiras, Américo Tomatti, ex-presidente da comissão executiva do Taguspark, e João Carlos Silva, antigo administrador do polo e ex-presidente da RTP – os três arguidos do chamado “processo Taguspark” – considerando que não ficou provado o crime de corrupção para ato ilícito.
Vivemos num país que deixa escapar criminosos por erros de investigação, irregularidades processuais, prescrição de prazos e outras habilidades jurídicas e que – talvez para disfarçar essa falta de eficácia – é lesto, demasiado lesto, em condenações na praça pública.
Na impossibilidade de metermos na cadeia os culpados, apontamos o dedo às hipóteses, levamos a julgamento os que saem na rifa, condenamos os arguidos antes de se produzirem as provas.
Estranha sociedade a nossa que põe os cidadãos não do lado dos braços da lei mas a favor de “bandidos” como estes, meros inocentes acusados em vão.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 9 maio 2013