Do que se escreveu nestes dias em que gozei férias pouco retive, por opção, tentando recarregar baterias. Mas parece evidente, na hora do regresso, a falta de entusiasmo, e mesmo a desconfiança, que rodeia este Benfica de Jorge Jesus.
O treinador, pouco prudente, prefere apostar no tudo ou nada, como ficou provado com o afastamento de Nuno Gomes – que fará falta no balneário, se chegar a tempestade, e afastou ainda mais os adeptos de Jesus – e confia na retoma do brilho da sua estrela, que na época finda se apagou, um risco tremendo.
Mas o último sinal de que não virão aí tempos fáceis chega de Luisão, um jogador já identificado com a mística benfiquista e que podia, de algum modo, “compensar” a saída de Nuno Gomes. A sua provável deserção agravará a já complexa reformulação da defesa e fará a equipa perder uma referência, tanto mais indispensável quanto tem sido substancial o desembarque de “reforços”.
Se o brasileiro, que estava já em casa e tinha aqui um fim de carreira dourado, quer de facto partir, é porque não acredita muito nas probabilidades de êxito. O Benfica tem de começar a época oficial a ganhar. Ou…
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 16 julho 2011