Alexandre Pais

O regresso de Júlio Isidro ou os “diretos” de férias

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O verão traz à televisão horas e horas de diretos pelo país, particularmente “animados” pelo filão das chamadas de valor acrescentado. Com essas transmissões em época de férias, vamos conhecendo caras novas, nada de estimulante até agora – gosto de Catarina Camacho, mas ela não é bem uma novidade – e revemos profissionais com história. A RTP abusa do recurso, agora que parece enfim empenhada em conter gastos, substituindo estrelas empalidecidas ou saltitões irritantes por gente mais “clean”, discreta e barata.

Não quero dar exemplos de uma ou outra desgraça, casos – inevitáveis? – de imagens que o tempo tragou. Prefiro ir pela positiva e salientar o trabalho de Mário Augusto, que se admite, mal, só perceber de cinema, e que exibe uma enorme empatia com o público e com os artistas. E não posso deixar de saudar também a cíclica reaparição de Júlio Isidro, que introduz, com inteligência e graça, modernidade no registo “antigo”. Se não vivesse num país de preconceitos, a sua experiência não serviria para remendos – seria antes um trunfo.

Antena paranoica, Correio da Manhã, 9AGO14

 

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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