Alexandre Pais

O grande repórter do quotidiano

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No Estádio do Restelo, na homenagem a Paulo Esteves, Rui Raimundo é o segundo à esquerda. Está com Miguel Lopes, Fernando Ferreira e Gualter Fatia
Há um mês, quando vi, junto ao relvado do Restelo, o repórter-fotográfico Rui Raimundo homenagear, ao lado de outros jornalistas, um companheiro de profissão tragicamente desaparecido, voltei 32 anos atrás, ao mesmo estádio do Belenenses onde ambos jogámos, num desafio promovido pela Fundação Portuguesa de Cardiologia, a que presidia o prof. Fernando Pádua.
Desse 1984, recuo ainda a 1982, ano em que, encerrado o diário Portugal Hoje, gente inconformada fundou o Off-Side, tantas vezes aqui presente. O Rui Raimundo era um dos mais entusiastas, tomava conta do secretariado mas tinha outras ambições. E quando o Manuel Falcão, então repórter-fotográfico – e dos melhores –, partiu para um novo desafio (de que tratarei aqui para a semana), o Rui agarrou numa velha máquina sua e exigiu uma oportunidade.
Rui Raimundo e Alexandre Pais, em 1983, em serviço de reportagem para o Off-Side, no Algarve
 Passou então a executar os serviços mais duros, em paralelo com as tarefas da secretaria, até ao dia, que surgiu cedo, em que a determinação e uma infinita capacidade de trabalho impuseram de vez os seus méritos na fotografia.
O empenho que colocava em tudo o que fazia – e fazia muito – e o entusiasmo que a todos arrebatava, levaram-nos a tratá-lo, por graça, como repórter do quotidiano.
Esse tempo foi-se mas o Rui nunca se deslumbrou, nunca baixou a guarda, e é hoje, na equipa de A Bola, um dos grandes da profissão. E é um orgulho para mim continuar a vê-lo ali, naquela linha da frente onde tudo acontece.
Parece que foi ontem, Sábado, 27OUT16
Demasiado bem marcado… indefensável! E o Rui teve de se conformar com o remate vitorioso do escriba
Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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