
Desse 1984, recuo ainda a 1982, ano em que, encerrado o diário Portugal Hoje, gente inconformada fundou o Off-Side, tantas vezes aqui presente. O Rui Raimundo era um dos mais entusiastas, tomava conta do secretariado mas tinha outras ambições. E quando o Manuel Falcão, então repórter-fotográfico – e dos melhores –, partiu para um novo desafio (de que tratarei aqui para a semana), o Rui agarrou numa velha máquina sua e exigiu uma oportunidade.

Passou então a executar os serviços mais duros, em paralelo com as tarefas da secretaria, até ao dia, que surgiu cedo, em que a determinação e uma infinita capacidade de trabalho impuseram de vez os seus méritos na fotografia.
O empenho que colocava em tudo o que fazia – e fazia muito – e o entusiasmo que a todos arrebatava, levaram-nos a tratá-lo, por graça, como repórter do quotidiano.
Esse tempo foi-se mas o Rui nunca se deslumbrou, nunca baixou a guarda, e é hoje, na equipa de A Bola, um dos grandes da profissão. E é um orgulho para mim continuar a vê-lo ali, naquela linha da frente onde tudo acontece.
Parece que foi ontem, Sábado, 27OUT16
