Quando a vida não nos corre de feição e os nervos ficam à flor da pele, acontecem cenas deploráveis como a que Jorge Jesus interpretou no passado sábado.
Acontecem não, acontecem por vezes, muito de acordo com as circunstâncias e muitíssimo em função da capacidade de resistência à pressão, do equilíbrio emocional e da educação do freguês.
É a velha e relha questão de às figuras públicas ser ou não permitido o que está ao alcance do comum dos mortais: perder a cabeça, dizer uns palavrões, proferir uns insultos, dar uns chegas-para-lá ou mesmo ensaiar um par de tabefes nos opositores.
Pelas imagens, parece que o técnico do Benfica fez algo mais do que dar um empurrão no “jigador” do Nacional, embora não se possa garantir se lhe acertou na cara ou no ombro. Mas se o agredido jura que não, ainda que para evitar também o castigo, eu cá daria o assunto por encerrado.
Afinal, o “chá” que o miúdo lá de cima mandou por carta cá para baixo amarrota mais do que uns euros de multa para os almocinhos da Liga.
Passe curto, a publicar na edição impressa de Record de 25 janeiro 2011