Quando todos se preparavam para o quinto empate consecutivo sem marcar, um tal Rui Pedro, de 18 anos – vindo da equipa B e do banco de suplentes – fez o que tantos outros não lograram ao longo de oito horas e 40+5 minutos: meter a bola dentro da baliza adversária. Podíamos estar a falar do Mijanaescadense FC, mas não, trata-se mesmo do onze principal do glorioso FC Porto.
As coisas atingiram tal ponto que mal conseguiram o golo da primeira vitória em seis partidas, os jogadores, eufóricos, formaram um cacho, e a imagem do treinador, Nuno Espírito Santo, abraçado ao diretor-geral em lágrimas – como será se Luís Gonçalves tiver de despedir o técnico? – percorreu o país. Podia ser o caso de um triunfo num clássico ou num desafio que desse um título, mas não – era apenas a subida do FC Porto do quarto ao terceiro lugar do campeonato.
E nada mudará no reino do Dragão enquanto se puserem de parte jogadores nucleares que perderam a forma e que o treinador não é capaz de recuperar – como Herrera, Brahimi e até Layún – ou se mandarem embora valores seguros como Aboubakar ou Diego Reyes para se contratarem anedotas como Depoitre. Rentabilizar desportivamente o excelente plantel que o FC Porto tem – agora “reforçado” com um talento já 37 vezes internacional nos escalões jovens – é o que se exige de Nuno. Se não for ele o homem, outro será.
Nota final: não sejas Inácio? Duas vitórias do Moreirense em três dias é a resposta, ah, pois é!
Canto direto, Record, 5DEZ16
Nada mudará no FC Porto se…
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