Vi há dias num desses painéis dedicados ao futebol, que se espalham hoje por quase todos os canais da nossa TV, uma espécie de entrevista ao (até agora) único rival de Bruno de Carvalho nas eleições para presidente dos leões.
Creio que Madeira Rodrigues prestou um bom serviço ao seu clube e aos seus eventuais eleitores ao revelar de forma tão crua o que eu, digo-o sinceramente, ainda não tinha descoberto: a sua falta de condições para liderar o Sporting.
Por um lado, o candidato foi ingénuo ao cair na armadilha de se expor aos dichotes e às provocações dos pontas-de-lança da dialética de Benfica e FC Porto, que nada tendo a perder – porque não eram eles quem estava a ser avaliado – tudo fizeram para o rebaixar. E por outro, quis dar o peito às balas imitando o homem que pretende derrubar e não mostrou perfil e capacidade para sair vitorioso desse combate.
Não há imitações de Bruno de Carvalho, que ataca com arrogância os problemas que lhe colocam e desdenha com insolência os argumentos dos que o contradizem, sendo com isso, goste-se ou não, um contendor temível, um original que não permite cópia. Querer ser firme e convincente, determinado e mesmo duro, utilizando asas de anjinho, não dá. Quer dizer, dá. Dá humilhação e uma aura de derrotado que não se apagará.
Madeira Rodrigues não tem condições
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