Alexandre Pais

Luisão: o gigante justiceiro

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O Benfica nunca tinha rematado
tão pouco num jogo em casa,
esta época: apenas 8 remates,
quando a média era de 20

A informação do jornalista João Querido Manha, que faz no Twitter – em http://twitter.com/JQMstats – um excelente acompanhamento, em direto, dos principais jogos de futebol, diz tudo sobre a exibição de ontem do Benfica: nunca tinha rematado tão pouco num jogo em casa, apenas o fez 8 vezes, contra uma média de 20 remates nas outras jornadas na Luz.

Pode Jesus argumentar que tal aconteceu por ter havido uma preocupação em não deixar sair para o ataque os jogadores do Sp. Braga. O que é tão verdade como o seu contrário, ou seja, os bracarenses taparam igualmente, em especial no primeiro tempo, quase todas as linhas de passe do Benfica, reduzindo assim, de forma assinalável, a capacidade ofensiva dos encarnados. O único erro dos minhotos terá sido o do lance que isolou Saviola e em que o argentino só não meteu a bola dentro da baliza de Eduardo porque de facto não estava numa das suas melhores noites.

Ogolo solitário – que pode ter valido o título – nasceu já no chamado período de desconto de tempo, antes do intervalo e na sequência de um ressalto. Luisão fez, assim, aquilo a que nos habituou: marcar em momentos decisivos. E curiosamente o seu golo acabaria por dar justiça ao resultado, não ao intervalo, mas na partida inteira, pois no segundo período o Benfica podia ter marcado em algumas ocasiões, se Cardozo estivesse inpirado, enquanto o Sp. Braga se ficou pela oportunidade do remate de cabeça de Matheus.

Feitas as contas, após um dos desafios menos brilhantes do Benfica esta época, mas em que conseguiu o seu objetivo, são já 6 os pontos de avanço do líder o que, a 6 jornadas do fim, parece ser vantagem que baste.

Uma palavra final de apreço para este Sp. Braga e para o magnífico trabalho de Domingos. Não só pela discussão do título, também por ter o FC Porto a 8 pontos, o que é uma “promessa” de não deixar fugir o 2.º lugar.

Minuto 0, publicado na edição impressa de Record de 28 março 2010

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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