O advogado e gestor Lino de Castro, ex-secretário da mesa da AG do Sporting, e presidente em exercício na altura do último ato eleitoral, ficou com todas as culpas pela caótica madrugada do passado domingo. Record foi apenas mais um dos dedos espetados ao ex-dirigente leonino, pelas insuportáveis 10 horas de espera para se saber quem era o novo líder do clube, pelas informações contaminadas que alguns delegados passaram para o exterior, pela misteriosa comunicação de Rogério Alves, enfim, por toda a confusão que Deus Nosso Senhor permitiu que então se instalasse em Alvalade.
Hoje, assente a poeira sobre a vitória de Godinho Lopes, é justo reconhecer o árduo trabalho – de soma e de ressoma de votos, de organização dos trabalhos de contagem, de avaliação de situações pontuais delicadas ou até da compostura mantida na comunicação final – de um homem sério sem dotes de comunicador.
Lino de Castro não foi feliz, mas cumpriu a sua dificílima missão com probidade, espírito de missão e vontade de servir o Sporting. Record, que o criticou por ter sido o rosto de tudo o que não correu como deveria, aqui lhe deixa uma palavra de apreço e solidariedade. A vida continua.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 1 de abril 2011