Alexandre Pais

Liedson, por Alberto do Rosário

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No Sporting, em eleições, zangam-se as comadres e ajustam-se contas. Saltam verdades e inverdades. Saltam milhões, diretores, treinadores, jogadores e o mais que venha à cabeça de candidatos. E, num instante, a astronómica dívida converte-se nuns míseros 300 milhões que não preocupam ninguém. Nas eleições, um jovem não é considerado sportinguista suficiente e, daí, a “ democracia” interna assegura princípios cautelares bebidos na secular lei militar: “A velhice é um posto”. E, com este “sábio” critério, são distribuídos os votos aos sócios. “Um  homem, um voto” ainda não colheu em Alvalade.

Neste entretanto, a equipa de futebol arrasta-se, medíocre, pelos estádios. É preciso muita tolerância para considerar aceitável que profissionais, bem remunerados e com superiores condições de trabalho, fiquem desestabilizados com eleições diretivas.

A equipa não sofre de desestabilização, mas de incompetência. Sobretudo nos momentos nucleares do jogo: oportunidades de golo. Por uns trocos, os iluminados dispensaram a única competência, Liedson. Que saudades!

Bilhar grande, publicado na edição impressa de Record de 23 março 2011

Por Alexandre Pais
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