Alexandre Pais

Le Journal du Tintin foi publicado há 70 anos

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O ilustrador Georges Prosper Remi, que se imortalizaria como Hergé, criou em 1929 a banda desenhada que nos conta as aventuras de Tintim, um jovem repórter, e do seu cão, Milou. Eles surgiram pela primeira vez em 10 de Janeiro de 1929, no suplemento semanal juvenil do jornal conservador belga Le Vingtième Siècle, com o início da história Tintim no País dos Sovietes.
O nosso herói continuaria a aparecer nas páginas de vários títulos, até 26 de Setembro de 1946, data em que foi fundada a sua própria publicação, Le Journal de Tintin. Além das edições belga, francesa e holandesa, houve depois a versão grega, a egípcia e a portuguesa, esta dada à estampa entre 1968 e 1982.
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Como já acontecera com o Cavaleiro Andante, na década de 50, fui um fiel colecionador do novo título, a revista dos jovens dos 7 aos 77 anos, embora me tenha tornado fã de Tintim ainda antes, lendo O Papagaio (dos anos 30!) na coleção de um amigo mais velho. O nacionalismo desses tempos fazia de Haddock o Capitão Rosa, de Milou o Rom-Rom, do Professor Tournesol o Pintadinho, de Dupond e Dupont, o Zig e o Zag… Mas isso fica para os 65 anos do Cavaleiro Andante, de que tratarei em breve.
Oliveira da Figueira, o português capaz de vender até aquilo de que ninguém precisa
Oriundo de Lisboa, o comerciante Oliveira da Figueira (o Oliveira da Figueira da Foz), é uma das muitas personagens secundárias das aventuras de Tintim e também uma das mais pitorescas. Lançado em 1934, em Os Charutos do Faraó, o português consegue convencer Tintim a comprar até o que não precisa. Frequentemente confundido – e mesmo por mim, aqui na SÁBADO, anos atrás… – com outro cromo de Hergé, o vendedor de seguros e pai de sete filhos, Serafim Lampião, Oliveira surge ainda em Tintim no País do Ouro Negro, de 1950, e Perdidos no Mar ou Carvão no Porão, de 1958.
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Parece que foi ontem, Sábado, 4OUT16

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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