José Mourinho passa por dificuldades: o Manchester United é oitavo e está, à 10.ª jornada, a 8 pontos dos líderes da Premier, que são logo três, e a 7 pontos do quarto classificado, correndo sérios riscos de voltar a não se apurar para a Liga dos Campeões. Pior é a vida de Frank de Boer: o Inter – que como o MU gastou mais de 100 milhões de euros em “reforços” – é 11.º no Calcio, a 13 pontos (!) da Juve, e vê também a Europa por um canudo.
Jorge Jesus, sendo melhor técnico do que o holandês mas não superior a Mourinho, não foge aos altos e baixos da vida de um treinador de futebol e encontra-se em situação igualmente complicada: só com um quarto do campeonato decorrido, o Sporting segue a 7 pontos do Benfica, já é quarto, atrás de Porto e Braga, e tem apenas mais 1 ponto que o quinto. Se juntarmos os 4 pontos que separam os leões do Real e do Borussia, na Champions, o quadro completo é negro.
A tarefa de Jesus não é, apesar de tudo, tão complexa como a de Mourinho, e uma conjugação de resultados mais feliz pode fazer regressar a esperança. Na quarta-feira, há que procurar um resultado positivo em Dortmund, cuja equipa não parece tão sólida assim, e no domingo levar de vencida o Arouca, em Alvalade. E se o FC Porto cumprir a obrigação de derrotar o Benfica no Dragão – do que duvido – então o Sporting reduzirá a diferença dos encarnados para 4 pontos e o sol estará de volta. O futebol muda a cada jogo a face das coisas. Basta trabalhar e ter uma ponta de sorte.
Uma palavra final de público apreço para o Fábio Lima, jornalista cá da casa. Ele sabe porquê e “eles” também.
Canto direto, Record, 31OUT16
José Mourinho e Jorge Jesus em sofrimento
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