Não vai ser fácil escrever esta crónica. Dizer bem daqueles de quem gostamos – e aqui fica a declaração de interesses – tem normalmente pouco valor para os leitores. Mas também não é justo que para não sermos acusados de parciais, mantenhamos na penumbra da nossa intervenção os méritos profissionais dos que se distinguem, emergindo da vulgaridade.
Indo direto ao que me traz: senti um enorme orgulho quando soube que a CMTV e o “Correio da Manhã” tinham contratado um dos melhores jornalistas portugueses especializados em desporto, um dos históricos na análise do fenómeno futebolístico. Refiro-me a José Manuel Freitas, um nome de referência que constitui para este jornal e para o seu canal de televisão uma enorme mais valia.
Nunca consegui criar, no “Record”, uma oportunidade para “roubar” à concorrência o Zé Manel, e vê-lo agora na Cofina compensa-me dessa frustração. Ainda me cruzei na rádio, nos anos 60, com o seu pai, Amadeu José de Freitas, um mestre do relato desportivo, mas não olho, nunca olhei para o filho através da janela da nostalgia. Gosto de o ver e ouvir, e de o ler – agora ao serviço do CM – por ser seu amigo? Não, apenas por lhe admirar a competência e a isenção. E porque é bom, ponto.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 1OUT16
José Manuel Freitas: uma grande contratação da CMTV
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