Confirmou-se ontem, no Emirates, o que já tinha escrito aqui há algum tempo – e que, aliás, se adivinhava: o fim do ciclo de Jesualdo Ferreira no FC Porto.
Depois desta humilhação, em Londres, nem as eventuais conquistas da Taça da Liga e da Taça de Portugal poderão segurar o professor no Dragão, restando a Pinto da Costa acertar as contas e partir para outro… que já não poderá ser, como Record anunciou, André Villas-Boas.
O que mais me surpreende no insucesso do FC Porto na época em curso é a incapacidade – e não só de Jesualdo mas de toda a estrutura do futebol – para preparar, ou recuperar, mentalmente a equipa.
É verdade que os acontecimentos do túnel da Luz marcam o tempo de queda dos níveis competitivos dos portistas, mas não é menos verdade que nunca, esta temporada, o Porto jogou autenticamente à Porto.
E agora? Agora é dar a volta à crise. É na altura das tempestades que vêm ao de cima as qualidades da liderança. E no Dragão, queira-se ou não, ela existe.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 10 Março 2010