Eto’o criou o tabu: “Depois do Mundial falamos”
No Mundial não nos podemos fiar. Depende da prestação de Portugal, da sua permanência na prova, das exibições que consiga fazer, do lado para que Cristiano estiver virado. E, claro, do que der a Argentina de Messi e Di María, do que jogar a canarinha, com Luisão e Ramires no meio das estrelas. Enfim, são tantos imponderáveis que tanto podemos andar numa lufa-lufa como acharmos que o entediante Mundial nunca mais acaba. Veremos.
Certeza de espectáculo temos, sim, em Madrid, com o Real a esticar ainda mais a fortuna que gastou há um ano e José Mourinho a ter sobre si os holofotes da comunicação social do Planeta. Quem irá chegar – Maicon? Di María? David Silva? David Luiz? Nomes não faltam, nem faltarão neste mês, e quando nada existir de novo terão os jornais de levantar as suas dúvidas ou apresentar as suas convicções, como fez ontem o diário madrileno “As”, que – na 1.ª página! – já “enterrou” Higuain e aposta que Benzema é o ponta-de-lança preferido do “Special”.
Não durou muito tempo a “novidade”, uma vez que, ontem mesmo, Samuel Eto’o, perguntado se gostaria de continuar a trabalhar com Mourinho, retorquiu algo parecido com “isso fica para depois do Mundial”. Digam-me lá que a coisa não promete.
Passe curto, a publicar na edição impressa de Record de 1 junho 2010