Diz-me o Record que os oito mil adeptos leoninos que se deslocaram a Alvalade no último sábado, para assistirem ao treino da equipa principal, criaram no estádio um clima de euforia. Euforia, mesmo euforia? Hum…
Antes, há que sublinhar o mérito da iniciativa solidária, que permitiu à Fundação Sporting recolher mais de três mil brinquedos destinados a crianças desfavorecidas – cada pessoa devia “pagar” a entrada com uma oferta mas vivemos tempos difíceis. Foi, de qualquer forma, um passo importante numa frente em que se vê por aí muito egoísmo e gente com responsabilidades preocupada apenas com a própria vidinha.
A sessão de treino à porta aberta aproveitou igualmente o espírito natalício, e a qualidade regeneradora do sorriso associado à época, para ajudar à “convalescença” dos leões após a eliminação da Taça de Portugal, aos pés do Sp. Braga, e a derrota na Liga, com o União. Esses insucessos de Jorge Jesus, dois em cinco dias, podem ter quebrado a tal euforia – a autêntica, não a nervosa de hoje – que se sentia anteriormente em Alvalade, pelo que tentar recuperar os níveis de confiança dos jogadores e agitar de novo os ventos de vitória é o trabalho em curso.
O Sporting está obrigado a ganhar ao FC Porto: porque atua em casa, pela necessidade de restaurar a real euforia dos adeptos, voltando a liderar o campeonato, e para fazer esquecer a perigosa lição que Braga e Madeira deram aos seus adversários: a de que Jesus é duro de roer mas não tem o segredo da infalibilidade. E cuidado, que primeiro ainda há o Paços…
Canto direto, Record, 28DEZ15
Euforia nervosa em Alvalade
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