A título excecional, escrevi esta crónica na sexta-feira porque estava de partida, rumo ao Santiago Bernabéu, no cumprimento da última romaria do ano. Sim, fui ver o Real Madrid contra o Las Palmas, uma vez que a minha filha e a minha neta exigiam ver golos do Cristiano e, pelo sim, pelo não, talvez os canários fossem os mais lorpas – o leitor verá, nesta segunda-feira, se acertei ou se me cubro de ridículo. É a vida.
Quero com isto dizer que também não sabia se, no sábado, o Jurgen Klopp conseguiria enganar outra vez o José Mourinho ou se seria o Chelsea a levar de vencida o Liverpool para, ao menos, adiar a dolorosa entrega do cheque de 50 milhões. Dolorosa para Abramovich, ora bem.
Aqui chegado, o que pretendo deixar claro é que nunca tendo pertencido à corte jornalística dos aduladores incondicionais de Mourinho, nem dele dependendo para coisa alguma, me repugnam as graçolas e dichotes dos despeitados, que por aí circulam, sobre a desagradável situação profissional de um técnico que não só nada tem já a provar, como dispõe do estatuto de poder perder todos os jogos até final da carreira sem que deixe de ser o que é: um vencedor.
Sendo, na Premier, fã dos blues – a par do MU, é certo – também não me furto à lógica do adepto e aponto erros que Mou terá cometido na gestão do plantel, desde a perda de Cech e da “alma” de Drogba à aposta em Falcão, passando pelas dispensas de Lukaku, De Bruyne e Quadrado ou pela tolerância com Terry, que já não pode com uma gata pelo rabo. Sei que a voz da ignorância é atrevida – mas protesto na mesma.
Canto direto, Record, 2NOV15
Eu, adepto atrevido
E