A pobre exibição da Seleção paira como um sonâmbulo que espera por segunda-feira voltado para o autocarro de Carlos Queiroz. A crise do Sporting voltou a dominar os debates, com o “happening” de ontem a tomar largas horas de transmissões televisivas.
Infelizmente, os ânimos extremaram-se tanto que o apelo de Rogério Alves para se “abolir a linguagem bélica” caiu em saco roto e a violência anda no ar. E nesta questão de abuso de palavreado e postura agressiva, a culpa é menos da marginalidade e mais de quem se admitia ter maior cultura democrática.
Pedagógico, Moita Flores apontou, na CMTV, o caso de um comentador que “espumava da boca”, num debate da concorrência. Tratava-se do advogado Pedro Proença, que passara, na TVI24, a analista “desportivo”, talvez pontualmente (espera-se!), pois assina uma rubrica regular em “A tarde é sua”, de Fátima Lopes, onde já se distingue por declarações polémicas e radicais – e por uma agitação frenética. O que é pena porque é bom haver vozes incómodas que falem fora da caixa, com serenidade e sem medo.
Gostaria, assim, que Proença se acalmasse, que fosse bebendo água – que consultasse, já agora, o dr. Maló – e que continuasse, “on fire”, na TVI. Faz falta!
Antena paranoica, Correio da Manhã, 25JUN18
Espuma dos dias
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