Enquanto em Espanha ou em Inglaterra se disputam jornadas a meio da semana, por aqui para-se o campeonato a torto e a direito. Não sei como os clubes se aguentam – ou melhor, sei, não se aguentam… –, clubes que embarcaram na conversa da redução de equipas nas ligas em nome de suposta defesa da competitividade.
Ainda no passado domingo se viu como há equilíbrio futebolístico entre Gil Vicente e Belenenses, que são de escalões diferentes, e basta olhar para a classificação da I Liga para se verificar que já existe um fosso, sim – e de 6 pontos – entre o 5.º e o 6.º, com um terço do torneio.
Este desequilíbrio é tão nefasto ao futebol como as paragens na principal competição. Ambos afastam os adeptos dos estádios, mas também das edições impressas dos jornais, que se dedicam durante dias a discutir o sexo dos anjos e a fazer primeiras páginas que por vezes em nada correspondem aos conteúdos.
Record tenta combater essa perversão e manter a lealdade na sua relação com o leitor e com aquilo que ele pagou. E hoje pode ser mesmo lida aqui uma entrevista com CR7 e não uma frase passada por assessor e que se transformou em manchete.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 18 novembro 2011