Alexandre Pais

Elevador da glória (18)

E

SOBEM

Luís Amado
Numa altura em que Portugal parece o mais desgraçado dos países e o português o mais infeliz dos povos, eis que a nossa diplomacia, conduzida pelo que é talvez o mais sereno, o mais discreto e o mais competente dos atuais ministros coloca o país no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Queira-se ou não, é um êxito notável.

Pedro Passos Coelho
Tudo lhe corre de feição, desde a imagem “nova” ao silêncio dos barões do seu partido, passando pelo desgaste brutal a que o Governo está sujeito pela crise: a que temos e a que há-de vir. Curiosamente, o PSD não “descola” nas sondagens e o seu líder parece um pouco à deriva quando se sabe que não tem margem de manobra para votar contra o OE.

José Sócrates
Muitos esperariam vê-lo já vergado ao peso do ódio nacional, tantos os casos em que se viu envolvido (ou em que o envolveram), tanta a malfeitoria que permitiu, tantas as coisas que jurou que não fazia e fez, tanta a desilusão que espalhou por aí. O certo é que a sua determinação o tornou num osso muito difícil de roer. E quando podia estar “acabado”, resiste.

DESCE

Teixeira dos Santos
Chegou a ser a vedeta do Executivo, o intrépido navegante que conduzia as finanças da Nação sob a tempestade generalizada. Afinal, tudo se perdeu na bruma. A crise e as contas mal feitas arruinaram-no e a sua resposta é arrastar-nos com ele para a miséria. Nem Francisco Louçã seria capaz de pensar que iríamos parecer albaneses tão depressa.

Elevador da glória, publicado na edição impressa de Record de 16 outubro 2010

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

Arquivo

Twitter

Etiquetas