Não gosto do que vou fazer a seguir. Não é por mim, franco-atirador que dispara para onde lhe apetece e não tem satisfações a dar. É pelo que aparenta – e que me leva à nota prévia: é feio elogiar o diretor do jornal que nos acolhe.
Dito isso, a verdade é que passaram três anos sobre a primeira emissão da CMTV, só por si um motivo de festa. E acontece ainda que o recente alargamento da distribuição da estação à NOS – o que a faz chegar agora a 85% das casas com instalação de TV por cabo – lhe permitiu estar já disputar a liderança de audiências com os canais concorrentes, que têm uma cobertura de 100%.
Em 2013, parecia missão impossível e, afinal, tornou-se fácil. É sempre fácil desde que saibamos que não lemos os livros todos, que tenhamos uma paciência infinita e uma resistência quase doentia – e que trabalhemos mais e mais empenhadamente do que os outros. Mas antes, há que mobilizar competências, constituir equipas, conter vaidades, gerir recursos com mão de ferro e impor o rumo e a liderança. Foi aí, no restrito espaço onde tudo se decide, que se afirmou o grande capitão que fez a CMTV acontecer: Octávio Ribeiro. Que ele e o leitor me perdoem esta palavra de revolta contra a regra da omissão, que nunca aplaude o mérito – chapeau!
Antena paranoica, Correio da Manhã, 19MAR16
É feio mas hoje tem de ser
É