A TVI anunciou o “Dia de Cristina” com tal estardalhaço que se criou uma onda de expetativa: que momentos inovadores em televisão iríamos ter? Decorrido o evento, logo se concluiu que a montanha pariu um rato. Durante longas horas, a apresentadora exibiu-se em conversas banais com amigos convenientes – e inconvenientes… – sempre com o espalhafato que é marca da casa.
Inovação só nos cenários megalómanos e despropositados, a sugerirem ser o espaço sideral o único limite ao desígnio divino que ilumina Monte Abraão. Até o prémio das chamadas ditas de “valor acrescentado” rebentou com a escala – terão tido saldo positivo ou foi só mais uma despesa?
Com tamanho investimento, a TVI ganhou as audiências de manhã – afinal, o “território natural” de Cristina – e o “share” diário, por três décimas. Mas o balanço do “Dia de Cristina” acabou por constituir um fracasso porque nem com Jorge Jesus no cartaz conseguiu depois ficar à frente de “O preço certo”, da RTP1, e das duas novelas da tarde da SIC. E foi ainda vencida no confronto direto com “Júlia”… da mesma Júlia que na quinta-feira perderia para Fátima Lopes! Um “flop” completo.
Ah!… E quanto ao diálogo plastificado com Cláudio Ramos já vi representações melhores.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 27set20