No retorno de Jorge Jesus ao Benfica há uma dúvida que inevitavelmente se coloca: terá outra vez êxito num lugar onde já foi feliz? A mesma interrogação se poderá pôr pelo regresso de Teresa Guilherme ao “Big Brother”.
O preconceito com a idade em TV é perdedor entre nós – como o provam as longas carreiras de Júlia Pinheiro, Maya ou Fátima Lopes – ao contrário da regra seguida noutros países, que mantêm profissionais com mais de 50 anos na informação mas os retiram do entretenimento, substituindo-os por rostos mais “frescos”. Daí que a dúvida quanto à repetição do sucesso de La Guilherme se foque apenas na sua capacidade para “agarrar” um público diferente do que havia no “seu tempo” – e que o “upgrade” da última edição do “BB” e o novo apresentador conquistaram.
Já agora: sou dos que não acreditam na teoria conspirativa que diz que Cristina Ferreira “afastou” Cláudio Ramos. Primeiro porque o desempenho dele no “BB” foi não só brilhante como resultou na liderança das audiências. Depois porque a televisão é um negócio de risco, demasiado caro para permitir que alguém sobreponha caprichos à concretização de objetivos. A realidade não é uma telenovela, nem há salários pagos com acertos de contas.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 8ago20
Conseguirá Teresa Guilherme voltar a ter êxito no "Big Brother"?
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