Tive a felicidade de trabalhar em algumas redações de luxo. Uma delas, que já aqui tenho referido e que integrei entre 1975 e 1977, foi a do Jornal Novo, dirigido inicialmente por Artur Portela Filho. Por ela passaram nomes maiores do jornalismo e da cultura como Luís Paixão Martins, António Ribeiro, Maria Armanda Passos e José Sasportes ou os já desaparecidos José Manuel Teixeira, Maria Helena Mensurado, Carlos Pinto Coelho e Mário Bettencourt Resendes.
Entre esses e muitos outros se destacou aquele que foi o mais competente secretário de redação – cargo de natureza jornalística hoje inexistente ou entregue a burocratas – que pude ver em ação: Carlos Ventura Martins. Toda a atividade dos jornalistas passava por ele, pois tinha a agenda na cabeça e resolvia qualquer problema que se nos deparasse – e deparavam-se muitos. Era uma máquina!
Mais tarde, o Carlos entrou para a Impala, tornando-se, primeiro, no diretor da revista Nova Gente e, depois, no braço direito de Jacques Rodrigues. Esteve dez anos em Belém, entre 1986 e 1996, como assessor do Presidente Mário Soares, após o que retornou à Impala, como diretor-geral, tendo-se reformado há pouco.
Agora, ele com o seu ar eternamente jovem e eu a fazer o que posso, reencontramo-nos numa rede social, onde o Carlos publica posts com fotos belíssimas e comentários cáusticos e certeiros. É uma figura.
Parece que foi ontem, Sábado, 3AGO17
Carlos Ventura Martins: uma figura
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