As imagens televisivas são a
melhor forma de marketing. É com elas que José Rodrigues dos Santos alavanca a
venda dos seus livros, que atinge números inalcançáveis para qualquer príncipe
da escrita que fosse apenas um zé ninguém.
Se baixarmos a fasquia,
encontramos os “famosos”, conhecidos por nada saberem e de nada entenderem, mas
reconhecidos na rua pelas tristes figuras que a TV nos mostra, a serem
recebidos nos programas da manhã e da tarde por um público que a produção manda
levantar para aplaudir os zeros de pé.
Ao contrário, no patamar de
cima, temos os vencedores, os que utilizam o meio poderoso de que dispõem para
tratar do futuro. É o que faz, com eficácia profissional, Vítor Gaspar, que agradece
as questões dos jornalistas e pergunta os nomes às caras larocas, com aquela
voz irritantemente macia que nos leva à loucura.
Sim, o ministro das Finanças é
dos que não engana: feito o trabalho do empobrecimento do País, e com tanto “savoir
faire”, seguirá direitinho para um tacho graúdo num poleiro da finança mundial.
Quem sabe, sabe.
Antena paranóica, publicado na edição impressa do “Correio da Manhã” de 24 novembro 2012