Alexandre Pais

Há 55 anos na estrada

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Biografia do escriba

Foto realizada para o lançamento da “Sábado”, em 2004, quando integrou o Conselho Editorial e iniciou os seus 14 anos de atividade como colunista da revista
Alexandre Pais (Lisboa, 1946) é jornalista, colunista do “Record” e do “Correio da Manhã”.
Em 2019, foi nomeado para o Prémio Nacional Bento Pessoa, como “referência do jornalismo e fundador de jornais desportivos”, distinção que recusou por motivos de natureza pessoal que nada têm a ver com o prémio em causa – que muito o honraria ter recebido, como explicou aos promotores.
Entre 2003 e 2013, dirigiu, no Grupo Cofina, o diário desportivo “Record”, o “Record Online” e a “Hora Record” da CMTV, e integrou o conselho editorial da “Sábado” – desde o lançamento da revista, em 2004, até 2013 – tendo sido seu colunista até 2018. Em 2007, foi diretor editorial da “TV Guia”. De 2013 a 2017, foi ainda comentador da CMTV, nas rubricas “Mercado” e “Medalhas da semana”.
Com 55 anos de carreira, dirigiu igualmente o diário “24horas” (2001-2003), o semanário “Tal&Qual” (2001), os semanários desportivos “Off-Side” (1982-1985) e “Jornal do Belenenses” (1986-1990), e as revistas “Mundial” (1986), “Élan” (1987-1990), “Tomorrow” (1991-1992), “Dona” (1992-1995) e “Teenager” (1992-1996).
Iniciou a atividade jornalística no trissemanário “Mundo Desportivo”, em agosto de 1964, com a reportagem dos Jogos da FISEC realizados nesse ano em Gerona, Espanha, nos quais participou como jogador da seleção nacional de juniores de voleibol e porta-bandeira da delegação portuguesa no desfile inaugural. Nesse ano, foi campeão de Lisboa de juniores e vice-campeão nacional, pelo Nacional de Ginástica. Já como sénior, representou o Belenenses.
Foi estagiário, redator e editor do “Diário de Lisboa”, e colaborador do suplemento satírico “A Mosca” (1972-1974), repórter do semanário “Sempre Fixe” (1974), chefe de redação da revista “Alcance” (1974), subchefe de redação do diário “Jornal Novo” – cujo conselho de redação integrou (1975-1977) – editor, subchefe e chefe de redação do diário “Portugal Hoje” (1979-1982) e chefe do departamento de iniciativas editoriais (1986) da “TV Guia”. Colaborou no lançamento da revista de economia “Classe” e do jornal de música “Blitz”, em 1983.
Fez parte do gabinete de análise de imprensa que trabalhou, em S. Bento, na dependência do primeiro-ministro Mário Soares, em 1978. Publicou textos no semanário “Motor” (1973), no diário “A Luta” (1977), na revista “Foot” (1983), nos diários desportivos “Record” (1999) e “A Bola” (2001), e no diário gratuito “Destak” (140 crónicas, em 2007).
Ganhou o Troféu Gandula, os Melhores do Desporto, em cinco anos consecutivos, de 1982 a 1986. Recebeu o troféu de Editor do Ano, da Turismoda, em 1989, e o Record de Ouro, no dia da sua saída da direção do jornal, em 2013.
Aluno do curso de Teatro do Conservatório Nacional, dirigiu o Grupo Cénico do Clube Estefânia (1968-1969) e o Núcleo de Teatro das CRGE, hoje EDP (1970-1974).
Escreveu “Capitães de Abril”, em dois volumes, para a Editora Amigos do Livro, em 1974, e escreveu e produziu para a RTP duas séries do programa “A minha vida dava um filme”, o primeiro “talk show” da TV portuguesa, em 1995. É autor de quatro contos infantis, editados por Modelos Associados, em 1996: “O caso do relógio roubado”, “O caso da menina mimada”, “O caso do fantasma arrependido” e “O caso da velhinha bondosa”.
Trabalhou igualmente na rádio, de 1964 a 1976, primeiro como técnico de som e depois como jornalista, tendo sido comentador da “Tarde Desportiva” da Rádio Renascença (1972) e da Emissora Nacional (1974). Chefiou a secção de Desporto, a repartição de Tratamento e Publicação, e a redação do “Jornal da Tarde” da Emissora Nacional (mais tarde RDP e hoje RTP), entre 1974 e 1975. Foi ainda, com o jornalista Mateus Boaventura, diretor de Informação da Emissora Nacional, antes do “verão quente” de 1975 – e não depois, como os derrotados do “25 de novembro” tentaram fazer crer 42 anos mais tarde.
Integrou o grupo de trabalho nomeado pela Secretaria de Estado da Comunicação Social e chefiado pelo coronel Manuel Pedroso Marques, que se deslocou aos Açores, em 1974, para produzir um relatório sobre a situação dos órgãos de comunicação do arquipélago.
Foi eleito para a Assembleia da Rádio pelos trabalhadores da RDP, em 1977, numa lista apresentada pelo PS, partido de que foi delegado ao Congresso, pelo núcleo da RDP, em 1978, e do qual se desfiliou após a reeleição de Mário Soares, em 1990.
Era pai da jornalista Teresa Pais, desaparecida em 2015 e que dirigia, há mais de uma década, a revista “TV Mais”, e há 17 anos a revista “Telenovelas”, que ela fundou, ambas então do Grupo Impresa.
Com a camisola n.º 1, antes do Portugal-Bélgica de voleibol, disputado em Gerona, Espanha, em 1964
 

Por Alexandre Pais
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