Alexandre Pais

Dez anos sem Cáceres Monteiro

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“Não morre quem se ausenta, morre quem é esquecido” – Mia Couto, biólogo e escritor, Beira, Moçambique, 1955
A 3 de Janeiro de 2006, aos 57 anos, cedo de mais, morreu um dos grandes jornalistas portugueses, um dos maiores de todos os tempos: Carlos Cáceres Monteiro.
CM4Não tive o privilégio de trabalhar com ele, partilhámos apenas o mesmo edifício, no Marquês de Pombal, durante os meses da aventura suíça da Edipresse. Mas seguiamo-nos e estimávamo-nos desde sempre, muito também por sermos da mesma geração e do Belenenses, e termos filhas jornalistas, como nós.
Esta breve evocação da partida do Cáceres, há 10 anos, mais não constitui do que um gesto de homenagem – e de gratidão – dirigido a um autêntico gigante da minha profissão, que teve a grandeza de distinguir, com atenção e amizade, o jornalista diferente que eu sou. Imodestamente, sinto que perdi para poucos, mas não tenho dúvidas de que ele me dava 10 a zero. Até breve, Carlos, e faz-me entretanto um favor: dá aí por mim um beijo à Teresa.
CM3
Repórter do Mundo
Cáceres Monteiro foi um dos fundadores da Visão, em 1993, e seu director até partir. Começou como repórter, na Flama e em O Século Ilustrado. Foi subchefe de redacção de A Capital, editor de política do Diário de Notícias, director do Se7e e director-adjunto de O Jornal, que também co-fundou. Presidente do Sindicato dos Jornalistas, director-geral da Comunicação Social e jornalista premiado, no último dos vários livros que escreveu – Hotel Babilónia, de 2004 – contou muitas das suas experiências como repórter de guerra e viajante do Mundo.
Parece que foi ontem, Sábado, 30DEZ15

Por Alexandre Pais
Alexandre Pais

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