“Não viva cada dia como se fosse o último, viva como se fosse o primeiro” – Oscar Niemeyer, arquitecto, 1907-2012
Neste Janeiro em que completou 70 anos, e 55 de actividade profissional, Júlio Isidro continua figura consensual da rádio e da televisão em Portugal. No dia 16, merecidamente, as homenagens sucederam-se em directo e ao longo do dia, na RTP, a sua estação de sempre.
Com duas filhas adolescentes, o comunicador tem sobre si uma condenação e uma bênção: precisa de trabalhar mais alguns anos e tem capacidade para o fazer sem necessitar de favores. É verdade que o seu pico de fama passou, não mais arrastará multidões como nos anos 80 – Febre de Sábado de Manhã ou Passeio dos Alegres, por exemplo, foram fenómenos de empatia com um público jovem que lhe garantiu, por décadas, altos níveis de popularidade.
Mas a televisão abusa do pensamento de Unamuno: “A vida é esquecimento e é há que abrir espaço para o que está por vir”. Caras novas, com mínimos de tudo, ocupam, assim, de forma tantas vezes chocante, o lugar de quem aportaria conhecimento, bom gosto e qualidade.
Cruzei-me com o Júlio quando ele assinava – há 35 anos! – as páginas do Tio Julião no Portugal Hoje, e de então para cá transportei-o por quase todos os títulos em que trabalhei – é o meu tipo inesquecível. Vê-lo continuar em acção é o prazer, e o privilégio, que reclamo. Chapeau!
Parece que foi ontem, Sábado, 22JAN15
Júlio Isidro: o comunicador inesquecível
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