Neste blog só publico comentários sem insultos. Não porque os tema, mas como forma de combater a boçalidade do palavreado e a cobardia e frustração dos que, escondidos sob o anonimato, não pretendem defender pontos de vista, antes extravasar as suas frustrações, tentando atingir a dignidade dos outros.
Não estou, não estamos sós neste combate. Ainda agora. recebemos no “Record” uma carta do leitor António Eduardo de Sousa Pereira, devidamente identificado, e que transcrevo na íntegra.
“Ex.mos senhores
Lendo os comentários às V/ notícias respeitantes ao Futebol, verifica-se a existência de insultos, atentados à dignidade e ao bom nome das pessoas e instituições, para além de outros disparates, esses desculpáveis por serem parte integrante do fenómeno social que é o futebol.
Esta situação não é exclusiva do V/jornal, bem sei. Contudo, creio que algumas medidas deviam ser tomadas, uma vez que, ao que parece, os texto são lidos na V/redação antes de serem publicados.
O que está a acontecer não dignifica nem quem escreve nem quem publica. Com a agravante de contribuir para crispações desnecessárias que conduzem a confrontos graves em determinados jogos de futebol.
É minha convicção que, independentemente do exercício da Liberdade de Expressão, que defendi antes e depois de 25 de Abril, a função pedagógica dos jornais desportivos (e dos outros) deve sobrepor-se à incitação, ainda que implícita, ao confronto verbal agressivo, grosseiro e insultuoso que se situa na fronteira com o confronto físico, de todo indesejável e de afastar em definitivo dos nossos campos de futebol.
Estou convencido de que, como eu, pensam muitos adeptos do futebol, porventura a maioria, independentemente do clube que apoiam. Estou, portanto, certo de que estas breves palavras serão tidas na V/boa consideração.
Com os melhores cumprimentos,
António Eduardo de Sousa Pereira“
Apesar de serem rigorosas as indicações dadas à redação de Record Online, reconheço que por vezes o critério dos jornalistas que validam os comentários não é uniforme. Daqui os exorto, por isso, a um maior rigor na aplicação do que se encontra determinado, agradecento ao leitor António Sousa Pereira a preciosa ajuda dada à concretização deste desígnio comum.