Há dias, publiquei no meu blogue Quinta do Careca, a queixa que um espetador fez de André Villas-Boas ao provedor (?) da Liga de Clubes, por o técnico ter respondido com palavrões à tentativa de enxovalhamento de um energúmeno, em Portimão.
Choveram de imediato os protestos e os insultos da ordem, acusando-me dos mais torpes instintos e criticando-me tanto pela “inoportunidade” – e quando seria então “oportuno”? – da divulgação do documento, como pelo simples facto de o ter publicado – não no jornal mas no meu discretíssimo blogue.
Nada tenho a explicar a essa gente, cujos “argumentos” nem sequer li, mas quero aqui dar o meu apoio a duas pessoas: à que se sentiu ofendida com a reação de Villas-Boas e que apresentou a queixa, com toda a legitimidade, e também ao treinador portista que, sendo humano, perdeu o controlo perante a cobardia de quem impunemente o agredia.
Sei que não é bonito, mas duvido que, em situação semelhante, eu próprio não tivesse reagido da mesma forma. Afinal, ninguém é de ferro.
Passe curto, publicado na edição impressa de Record de 22 abril 2011